terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Vento



Com o vento de feição, voei
Os momentos da vida e as lições do tempo caíram e eu segui
Depois,
Balanceando num equilíbrio quase sempre precário, tudo se foi

Desamparada, tombei numa qualquer memória
Desgovernada, definhei minha condição, continuando a cair

Cravei as unhas no chão e sustive o ímpeto da descensão
No limbo, descansando nos meus distúrbios, houve silêncio

Porque o vento é meu regressou novamente,
Forçando-me entre mim mesma e o chão

Sem ressentimentos ou culpas,
Descobri lindas mentiras tão terríveis quanto belas

Hoje, o medo é um ladrão ao qual não guardo rancor
E as memórias reais já são as menos convincentes

Nunca soube que tudo dói,
Que até a mais leve brisa pode causar mudança

Agora,
Eis-me aqui, na serenidade da tempestade
Só e sem desculpas!

E eu vou voar...

2 comentários:

  1. "Não existe vento favorável para o marinheiro que não sabe aonde ir"
    Séneca

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  2. mas tu meu amor és um grande marinheiro e por isso sabes para onde ir, mesmo com vento desfavoravel... LOL

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