domingo, 2 de setembro de 2012

sábado, 30 de junho de 2012

quinta-feira, 17 de maio de 2012

uma questão de números


A população mundial ultrapassou os 7 mil milhões de unidades (7000000000) em 2011

Com tanta gente à mistura é fácil morrer-se na indiferença e no anonimato

segunda-feira, 16 de abril de 2012

terça-feira, 3 de abril de 2012

a propósito da Páscoa


I suffer through this path
I waited for the hope within this black
My heart's a dead machine
Every sin will stain my soul
Thank God to wash me clean

My light unseen
(somebody help)

Break my fall, now carry me
(somebody help)

My light unseen
(somebody help)

I'm so unclean
(somebody help)

I search within my ways
I center on the dark within my veins
But you never let me go
I know hell is in this place
So i beg for you to show

My light unseen
(somebody help)

Break my fall, now carry me
(somebody help)

My light unseen
(please, somebody help)

I'm so unclean
(please, let somebody help)

I take back every word i said
Every fault i laid in vain
Tear this crown from off my head
My repentance on this day

(please, somebody help) [2x]

My light unseen
(please, please, please, somebody help)

Break my fall, now carry me
(God, God, oh God)

My light unseen
(God, oh God, please)

Break my fall, now carry me
(somebody help)

domingo, 1 de abril de 2012

quinta-feira, 29 de março de 2012

sábado, 24 de março de 2012

quinta-feira, 22 de março de 2012

são coisas



Não digas: "Eu sou assim..., são coisas do meu carácter". São coisas da tua falta de carácter. Sê homem - "esto vir".

segunda-feira, 19 de março de 2012

expiação, submissão, desprendimento, purificação



são os principais benefícios da mortificação

sexta-feira, 16 de março de 2012

pedras da calçada



que não dizem nada

terça-feira, 13 de março de 2012

domingo, 11 de março de 2012

sexta-feira, 9 de março de 2012

quarta-feira, 7 de março de 2012

segunda-feira, 5 de março de 2012

observação


Hoje, enquanto nadava, olhei para a direita e vi um adolescente que deslizava de uma forma fantástica.

Pensei - "Estes putos fazem-me sentir velho"

Pouco depois, à esquerda, uma criança parecia desafiar as leis da impulsão.

Pensei - "A este parece que lhe nasceram os dentes na água..."

Olhei melhor e reparei numa coisa singular

- Eu conheço-o! É o meu filho de seis anos...

(Da próxima vez que fizer uma corrida com ele vou assegurar-me que ninguém vê)

sexta-feira, 2 de março de 2012

Um simples desejo



"Que nenhum filho da puta se me atravesse no caminho!"

quinta-feira, 1 de março de 2012

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

viver


Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Cântico Negro IV


Deus e o Diabo é que me guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou,
- Sei que não vou por aí.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

domingo, 12 de fevereiro de 2012

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Cântico Negro III


Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois, sereis vós
Que me dareis machados, ferramentas, e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátrias, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios.
Eu tenho a minha Loucura!

Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Cântico Negro II


A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre a minha mãe.

Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...

Se ao que busco saber nenhum de vós responde,
Por que me repetis: "vem por aqui"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí..

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Cântico Negro - I


"Vem por aqui" - dizem-me alguns com olhos doces,
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom se eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui"!
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos meus olhos, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

one day he will be



His hands hide inside a sleeve
And little feet play with the ground beneath him
While up in the sky is where he wants to be

Time will fly
And the wind plays with him
The night will give him its charm

While he walks home
His head's up in a cloud
He feels his pores fill up with fresh air
And there is no doubt
That one day he will be
Where the eye of his telescope has already been

And the wind plays with him
Night will give him its charm

Night will pass
But he's a lot faster
No one can do him any harm

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Senhores da Guerra


Lá fora estão os senhores da guerra
E cantam já hinos de vitória
Qual é a historia desta terra?
É o medo, ali mesmo

Cá dentro estão os homens à espera
Unidos no destino da terra
Já não há memória de paz na terra
É o medo, ali mesmo

Ó terra, Mais um dia a nascer
Ai, é menos um dia a morrer
É tão pouca a gloria duma guerra
E os homens que as fazem sem vitórias
Já não há memória, de paz na terra
É o medo, ali mesmo

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Entre o sono e o sonho



Entre o sono e o sonho,
Entre mim e o que em mim me suponho,
Corre um rio sem fim.

Passou por outras margens,
Diversas mais além,
Naquelas várias viagens
Que todo o rio tem.

Chegou onde hoje habito
A casa que hoje sou.
Passa, se eu me medito;
Se desperto, passou.

E quem me sinto e morre
No que me liga a mim
Dorme onde o rio corre -
Esse rio sem fim.


Fernando Pessoa

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Tenho dó das estrelas



"Não haverá um cansaço
Das coisas,
De todas as coisas ,
Como das pernas ou de um braço?

Um cansaço de existir,
De ser,
Só de ser,
O ser triste brilhar ou sorrir...

Não haverá, enfim,
Para as coisas que são,
Não morte, mas sim
Uma outra espécie de fim,
Ou uma grande razão –
Qualquer coisa assim
Como um perdão?"

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Where do I take this pain of mine



Where do I take this pain of mine
I run but it stays right by my side

So tear me open and pour me out
There's things inside that scream and shout
And the pain still hates me
So hold me until it sleeps

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

por mim se vai até à eterna dor



"Por mim vai-se à cidade que é dolente,
por mim se vai até à eterna dor,
por mim se vai entre a perdida gente.
Moveu justiça o meu supremo autor:
divina potestade fez-me e tais
a suma sapiência, o primo amor.
Antes de mim não houve cousas mais
do que as eternas e eu eterna duro.
Deixai toda a esperança, vós que entrais"



Dante in "Divina Comédia"

domingo, 8 de janeiro de 2012

Estigma



Estigma

Filhos dum deus selvagem e secreto
E cobertos de lama, caminhamos
Por cidades,
Por nuvens
E desertos.
Ao vento semeamos o que os homens não querem.
Ao vento arremessamos as verdades que doem
E as palavras que ferem.
Da noite que nos gera, e nós amamos,
Só os astros trazemos.
A treva ficou onde
Todos guardamos a certeza oculta
Do que nós não dizemos,
Mas que somos.


Ary dos Santos

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Conduta etérea




Às vezes parece que por cada obstáculo que superamos um outro maior se ergue perante nós.

"Nada é Certo
Ninguém avança pela vida em linha recta. Muitas vezes, não paramos nas estações indicadas no horário. Por vezes, saímos dos trilhos. Por vezes, perdemo-nos, ou levantamos voo e desaparecemos como pó. As viagens mais incríveis fazem-se às vezes sem se sair do mesmo lugar. No espaço de alguns minutos, certos indivíduos vivem aquilo que um mortal comum levaria toda a sua vida a viver. Alguns gastam um sem número de vidas no decurso da sua estadia cá em baixo. Alguns crescem como cogumelos, enquanto outros ficam inelutávelmente para trás, atolados no caminho. Aquilo que, momento a momento, se passa na vida de um homem é para sempre insondável. É absolutamente impossível que alguém conte a história toda, por muito limitado que seja o fragmento da nossa vida que decidamos tratar."
Henry Miller, in "O Mundo do Sexo"

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012